Então, depois de nove anos com minha Break 2001 decidi por me modernizar um pouco, mas mantive-me fiel a marca, dessa vez um C4 Pallas com câmbio mecânico ano 2014. Um achado pela conservação, pela baixa quilometragem e pelo tipo de câmbio.
Consegui um bom dono para a perua, mas . . . no fundo gostaria de não tê-la vendido. Espaço até teria para mantê-la, mas a esposa . . . ah, as esposas . . . torrou até não querer mais. Até enrolei um bom tanto, mas não teve jeito. Tinha intenção de, aos poucos, arrumar aquelas coisas típicas de um carro que já tinha rodado 200 mil (retentores de válvulas, coxins, componentes de suspensão, etc, etc, etc). De aparência estava impecável, por dentro e por fora, tudo dentro dos padrões originais, cuidada com mimos, mas precisava empatar uns cinco mil para deixá-la zerada, mas a esposa . . . ah, as esposas . . . fazia discurso a qualquer hora, cobrava a venda da peruinha, falava pelos cotovelos, mas a vingança foi cruel: ela mesmo chegou a conclusão que seria legal ter mantido o carro sob nosso teto, mas aí já era tarde . . . Ela chegou a ligar para o comprador, mas ele, que estava de olho na barata havia uns três anos, disse que nem pelo dobro do que pagou. Ontem cruzamos com a dita (moro numa cidade não tão grande assim) e continua elegante, atual, charmosa como sempre . . . e o bico da esposa cresceu, quase chorou.